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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O xango de Baker Street. autor Jo Soares.


Terminei de ler o livro do Jo, adorei, ele me surpreendeu , nunca tinha lido livro de sua autoria, virei fã. Que viagem...



"Os quatro se dirigiam a um botequin na rua Riachuelo, Saraiva, com invejável expertise etilica, encomendou duas doses da melhor aguardente da casa e entornou o seu copo num gole preciso. Quando o doutor Watson viu o liguido transparente, que exalava fortissímo cheiro de alcool, indagou o que vinha a ser aquela bebida.
-Nada de mais Watson, apenas uma aguardente feita com cana de açúcar. O professor Saraiva assegura que possui excelentes resultados curativos - traduziu Sherlock para o amigo.
-Não sei Holmes, pelo cheiro, parece-me algo fortíssimo. Talvez seja conveniente não bebe-la pura, aconselhou.
-Que faço então ponho um pouco de água?
-Acho que um sumo de fruta seria melhor. Laranja ou limão. São ótimos remédios. Já conhecemos, inclusive, suas propriedades contra o escorbuto.
Sherlock virou-se para o dono do botequim:
-Meu amigo aqui esta sugerindo que eu coloque um pouco de sumo de laranja ou limão na bebida. Por acaso o senhor tem alguma dessas frutas?
-Tenho limões - respondeu , intrigado, o proprietário, sem tirar os olhos do chapéu e das sandalias nordestinas que o doutor ainda calçava.
Watson completou:
-Talvez também seja bom adicionar um pouco de gelo e açúcar, Holmes, para compensar a queima produzida pelo alcool.
Sherlock Holmes transmitiu a exigência do doutor. O botequeiro dirigiu-se ao fim do balcão e ordenou que seu empregado troxesse o pedido.
Watson cortou o limão em quatro e depositou dois pedaços no copo junto com o açúcar. Depois pos-se a amassar as fatias com uma colher, enquanto dizia:
- Por via das dúvidas é melhor colocar os gomos inteiros e espremer.
Quando terminou aquela operação, acrescentou uns pedaços de gelo e entregou a curiosa poção ao detetive.
-Pronto Holmes, agora acho que você pode beber sem correr perigo.
No fundo do bar o empregado e o dono do botequim olhavam, fascinados. O jovem balconista perguntou:
-Patrão, que lingua eles estão falando?
-Sei lá. Para mim ou é latim ou é coisa do demo.
-E que mixórdia é aquela que eles estão fazendo?- Não sei, uma invensão daquele caipira ali - disse, apontando para o chapéu de vagueiro de Watson.
-Qual deles, o grandão? - perguntou o rapaz, indicando Sherlock Holmes, todo de branco.
-Não, o caipira grande só está bebendo.Quem preparou foi o menorzinho, o caipirinha- respondeu o proprietário, batizando assim, para sempre a exótica mistura."

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