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Este é um blog despretencioso, não pretendo discutir grandes assuntos, pretendo só escrever.
Você sempre será bem vindo ao meu blog, espero poder trocar informações e experiências.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Vende-se e doa-se tudo....


Este texto recebi por email a muito tempo, mas é muito oportuno ler e refletir sobre ele neste momento da minha vida, minha casa finalmente foi alugada, felicidades e saúde para os inquilinos.
Minhas emoções, meus momentos felizes, meu crescimento e minha história estão guardados no meu coração, o resto.....não tem importância.

VENDE-SE TUDO - Martha Medeiros

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o
que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e
o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou: - Que coisa triste ter que vender tudo que se
tem. - Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros
e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar,
aparelho de som, tudo o que compõe uma casa. Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o
bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o
primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali
estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto.
Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas
bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava
mais nu, mais sem alma.
No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a teve. No último, só com o colchão, que o
zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os
travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o
que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo.
Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar.
Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas
que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida...
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na
minha última noite no Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já
estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio.
Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida
ou entregue como brinde. Não pagamos
excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza.
... E se só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir, e começar a trabalhar o
DESAPEGO JÁ!

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